quinta-feira, 12 de setembro de 2013

No mesmo travesseiro

A vontade era latente. Diariamente.
Chegava de manhã, com o primeiro abrir de olhos, e dormia todos os dias no mesmo mundo de devaneios, pensamentos e locais marcados no travesseiro. "tem que ser esse, já tem o lugar certo da minha cabeça".
E a na cabeça, sonhos, vontades, desejos, realizações, sucessos e insucessos.
Vontade de tomar rumos diferentes. Ser árvore ou pássaro? No final, o que contava era sempre o tal banco para se assentar, no fim do dia.
Não havia um.
Os que pensava em construir, se desfaziam por falta de matéria-prima. Ou de amor, por assim dizer.
No fundo, sabia do que se tratava, do que queria, como seria. Mas, de cansaço vencido e de coração carregado, não acreditava em nada.
Nada.
Naquele dia, só precisava de um "sim". Aqui ou na China.