sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Promessas

Te dou tudo o que quiseres.
Te dou meu carro, minhas roupas.
Meu pão, minha bebida, meu vinho português.
Minha casa chão de granito e janelas de vidro.
Te dou casamento na praia com Milla cantando jazz.

Te dou café na cama na bandeijinha de madeira.
- com duas torradas, suco de manga e mamão papaya.
Te dou a calça folgada, aquela que você vai usar quando abrir as cortinas do apartamento de manhã.
E branca, tem que ser branca.

Te dou abraços apertados quando você precisar de colo,
te dou beijinho no meio da noite, quando eu acordar pra tomar água,
te dou carinho no pé antes de dormir.
(sim, no pé, e você não pode reclamar).

Te dou minhas viagens, meu anseio de mundo
pra que você me acompanhe nas jornadas rumo ao desconhecido.
Te dou a Tour Eiffel, a Estátua da Liberdade, o Louvre!

Pede, é só pedir, e darei tudo o que quiseres!
A lua, as estrelas, o mar, a areia da praia
Pede-me as árvores e as colherei,
pede-me os animais e eu os criarei!
Pede!

Pede, nem precisa implorar.
Te dou um ombro amigo, pra chorar junto.
Te dou também meus amigos - eles vão adorar conhecer você!
te dou também todas as gargalhadas que daremos das coisas bobas - aquela piada velha que meu pai conta mil vezes...

Te dou o mundo e tudo o que tem nele.

Mas... tudo o que tenho agora
é só bom dia e coincidências.



tchaubeijomeliga ;*

PS: Ai, tá bom, que texto doido. Dá licença? Eu entendi. \o/
Ps2: Odeio coincidências estranhas.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Direito de Resposta ao trema

Recebemos esta mensagem do trema e julgamos por bem, em nome da Ordem Democrática, publicá-la, na íntegra, neste e-mail:

“Prezados,Não venho aqui encher lingüiça nem esbanjar uma eloqüência inconseqüente. Estou tranqüilo quanto ao papel que venho desempenhando na sociedade, da qual tenho sido vítima com freqüência de ataques.

Não sou menino. Vivi e vi muito. Desde 43 que perambulo por estradas e ditongos da vida. Que o diga o U, este grande amigo a quem não me canso de garantir que tenha voz neste mundo de crescente exclusão.

Também o diga o Müller, outro grande defensor de minha carreira, bem como todo o nobre povo alemão, este sim um apreciador do chucrute, da música clássica e do legítimo trema germânico.

Ao ver decretada assim minha expatriação, penso nesse povo sem memória e sem afeto. Desterraram seu último e apaixonado imperador e agora me trocam por kas, dáblius e ipsilones representantes do imperialismo saxão. Sempre suspeitei que minha morte ou exílio estavam sendo há décadas tramadas por alguém.

Não sabia se pelos comunistas, pelos socialistas, pelos capitalistas ou pelos fãs de Marylin Manson. Agora eu sei. Foram os dáblius, esses vês pervertidos que sempre andam de mãos dadas, em plena luz do dia. Caracteres pederastas, esses dáblius. Pederastas e traidores. Quem me lê sabe se tem a mão ensangüentada.

Me espanta a hipocrisia destes mesmos abraçadores de árvores e defensores da ecologia e do seqüestro de carbono tirarem dessa forma o acento e o acalento dos pingüins. Agora eles têm de agüentar. Por um, por dez ou por cinqüenta anos. Até o fim de tudo. Verão, na pele, a falta que um trema faz, delinqüentes ortográficos, seres de índole eqüina.

Vou-me. Partirei de volta para o velho mundo, onde ainda há espaço para tremas, lamparinas e fados tristes. Saio desta vida para a ubiqüidade.”

Tadinho do trema. Adeus, amigo.

tchaubeijoemeliga! ;*