sábado, 29 de dezembro de 2007

Feliz Ano Velho

Já perdi as contas de quantas vezes eu fiz listas de Ano Novo.
E já perdi as contas das coisas que prometi e não cumpri.
"Emagrecer" é o topo da lista.... é bem verdade que emagreci um bocado este ano de 2006/07 (30 kilos para ser mais exata), mas ainda falta um bocadinho.
"Largar de ficar e encontrar um namorado que preste". Essa também é uma que encabeça a lista. Eta coisinha difícil, é arrumar um namorado que preste. Homem que preste é mercadoria difícil no mercado. E quando eu acho que arrumei, cheguei atrasada: outra já chegou primeiro.
Eita.

Ano passado, lancei um projeto pra mim mesma: ser uma pessoa melhor. Ser uma pessoa melhor abrangia:
- não ter ciúme;
- não sentir raiva das pessoas;
- perdoar;
- ver sempre o lado positivo das coisas;
- aprender com o lado negativo das coisas;~
- não ser exagerada;
- frescura, nunca mais;
- "melhores na dor, melhores no amor, melhores em tudo";

e por aí vai.

Meu projeto foi tão bem aceito que várias pessoas aderiram a ele, inclusive a outra Maria deste blog jogado às traças - e ela é o meu exemplo de "pessoa melhor". Ela foi melhor 100% este ano, em tudo o que ela fez, até em nosso pequeno atrito, ela foi melhor que eu.
Enfim, voltando. Ser "melhor" não é ser o primeiro, e sim, uma melhor pessoa, e acho que consegui.
O ciúme é coisa do passado, rs. Claro que... ainda tem um pouco, mas tenho menos ciúme dos meus amigos e dos meus amores (no plural pelo sentido amplo do amor).
Arrumei um emprego que preste, com um salário que preste. Vou comprar o meu primeiro carro que preste com meu dinheiro, que presta, graças a Deus. Viajei pra mais lugares que prestam, conheci pessoas interessantes.
E que 2007 doido, viu.

Desejo a mim mesma, que em 2008 eu faça listas que eu possa cumprir.
Que eu encontre o meu amor de verdade, que continue minha faculdade (preciso me formar, preciso me formar), que conheça mais lugares e mais pessoas; que emagreça, finalmente.
Que a paz que eu procuro finalmente chegue, que as lembraças ruins saiam da cabeça e dêem espaço para as lembraças que vão chegar; que eu poss comer chocolate sem engordar, que consiga fazer minha terceira tatuagem; que meu carrinho me sirva de muito bom grado, que meu emprego me dê bons frutos; que as festas sejam produtivas, que o ócio seja produtivo, que eu seja produtiva; que o jornalismo continue sendo a minha paixão, assim como as viagens e a fotografia; Que eu viva como sempre sonhei viver.

E que venha 2008.

Maria.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

As Marias

A Maria e a Maria eram amigas, e sempre foram.
Felizes, felizes, felizes.

A Maria gostava João, que não gostava da Maria.
João, ficava com Maria e com todas as outras mulheres do Planeta.
A Maria nem conhecia o João, mas ouvia muito falar dele, e na verdade nem tinha curiosidade em conhecê-lo. Mas, um dia se conheceram, eventualmente.

A Maria amava o José, que não sabia se amava a Maria e nem ficava com ela. ele, na verdade, não sabia nem quem era a mãe dele, se o perguntassem. Não sabia de nada. Ele dizia que gostava dela, e que isso e aquilo, mas... nada.
A Maria foi embora um dia e esqueceu o José.

O José começou a namorar a Raimunda, e a Maria começou a gostar do cafajeste do Joaquim e, enquanto isso, a Maria namorou outros, mas sempre com o João na cabeça. e o João, por sua vez, começou a namorar a chata da Josefa.

A Maria e a Josefa não se topavam, e o João não deixava a Maria de mão. Ligava, queria ser amigo. E a Maria também não era muito fã da Raimunda, mas era muito amiga do José.

Um dia... a Josefa e o João terminaram, e a Maria teve esperanças de novo. E ficaram, mais uma vez. Nesse entremeio, a Maria já não gostava mais do cafajeste do Joaquim, e ela e o João começaram a se aproximar, ser amigos.

A Maria, muito ciumenta, não gostou nada disso... e dizia que o João estava interessado na Maria, mas ela não acreditava... e não achava que tinha nada demais nisso.

Mas... a Maria estava se envolvendo com o João, e não tinha coreagem de falar pra Maria. Cada dia que passava, os encontros estavam mais frequentes, apesar de não terem nada demais. Mas o fato de estarem juntos fazia muito bem à ela, e ela não sabia como lidar com isso... e então, Maria e Maria brigaram. Por causa do João. Discutiram, e ficaram sem se falar... mas depois, voltaram a amizade.

e Maria e João ficaram.

E ficaram por muitas e muitas vezes, antes da Maria ter coragem de contar pra Maria.

E ela contou. Mas Maria, claro, não gostou nada, nada de ouvir isso...e brigaram mais uma vez.

Mas Maria já estava apaixonada por João. Completamente apaixonada. E não sabia como reparar as coisas. Talvez, ela falando pra Maria, se sentisse mais calma. Mas isso não aconteceu. As Marias se afastaram... e Maria e João tiveram uma história bonita, e intensa.

E curta.

Maria e João entraram em crise. Não namoravam, é verdade, mas tinham um sentimento legal de amizade e companheirismo, que a Maria nunca tinha tido com o João. Mas, até hoje por motivo desconhecido, Maria e João se afastaram.

E... quem estava lá, com a Maria, quando tudo aconteceu... era a Maria. Maria chorou, esperneou, disse que não aceitava, e pediu que Maria fizesse-a se arrepender de tê-lo feito... mas até que se acalmou, e teve que aceitar o fato de não ter mais João por perto sempre que quisesse. João começara a namorar a feiosa e chata da Francisca.

Maria e Maria são amigas de novo, e é bom saber que o amor e a amizade que existia entre as duas não acabou.

Maria hoje namora o Raimundo, e é muito apaixonada por ele. Os dois estão fazendo 6 meses de namoro.

Maria hoje não namora ninguém. Tentou namorar o Mateus, mas não deu certo, pq ela nunca conseguiu esquecer o João.

O João ainda namora a feiosa e chata da Francisca, apesar de Maria jurar que ele não gosta dela.

Ahhhh! E a Maria, finalmente conseguiu ficar com o José, depois de muuuuuuuito tempo. Mas o José ainda namora a Raimunda, e se arrependeu de ter beijado a Maria, apesar dela ter gostado muito e não ter se arrependido.

A Maria ainda ama o João, e acha que vai amar por um bom tempo....

e Maria e Maria são amigas, e sempre foram amigas.
felizes, felizes, felizes.



Maria.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Eu me odeio por te amar.

Eu odeio o teu olhar.
Odeio o jeito que tu me olhas com um sorriso no rosto.
Um sorriso que eu conheço, que eu amei, que me fez sorrir junto com ele.
Odeio teus olhos.
Odeio principalmente o fato de não mais vê-los todos os dias.
Odeio a tua boca.
Odeio o gosto que ela deixou na minha.
Odeio te ver.
Odeio ter que te ver.
Odeio querer te ver.
Odeio te encontrar casualmente.
Odeio ter que te encontrar e falar de longe.
Odeio não poder correr pro teu abraço.
Odeio tuuas roupas bonitas, teu cabelo arrumado, teu cheiro sem perfume.
Cheiro de homem, cheiro de gente.
Odeio tuas mãos de unhas roídas, e o fato de tu sempre roê-las mais.
Odeio tua inteligência, odeio teus pensamentos que fazem sentido.
Odeio tua desconfiança de todo mundo. Ou tua confiança na humanidade.
Odeio tua mania de perseguição, tua cama desarrumada, teu computador sempre ligado.
Odeio o jeito que tu falas meu nome... um jeito que só eu conheço, e que me derrete.
Odeio quando tu me acordas às 5h da manhã, ou às 3, ou 8h, só pra dizer oi.
Odeio o fato de tu nunca saber onde está teu cinto.
Odeio tua mania por coisas que eu não ligo.
E odeio mais ainda eu não conseguir entender nada delas.
Odeio tua vida porra-louca, tua mania de querer saber tudo.
Odeio o teu celular sempre tocando. Odeio as pessoas te paparicando, odeio.
Odeio todas essas mulheres no teu pé.
Odeio o jeito que tu achas que não é amor o que as pessoas sentem.
Odeio tua foto no meu mural, e eu não conseguir me livrar dela.
Odeio acordar todos os dias e vê-la, e lembrar o dia em que foi tirada.
E sorrir logo depois de vê-la.
Odeio o jeito que tu me olhas de canto de olho.
e odeio lembrar que um dia já nos falamos só pelo olhar.
Odeio saber que ela sabe de tudo isso agora.
Odeio o depois, por ele remeter ao antes.
Odeio as feridas abertas.
Odeio não fazer parte da tua vida. Não mais.

E mais ainda
Eu me odeio por te amar.

Maria.

domingo, 28 de outubro de 2007

Aaaaaaaaaaaaaaaahhhhh!

É, isso foi um grito.
A angústia não passa.

[Some, Angústia. Sai de mim. Vaza. Te manda, cai fora.]

Tô com vontade de gritar mais alto pra fazer a angústia passar. Dar um grito daqueles que te fazem ficar rouca no dia seguinte. Que te deixam sem ar, sem noção, tonta...mas que te fazem ficar menos presa.
A angústia não me deixou hoje. Tá aqui, presa em mim como um cárcere. Quero fazer passar, mas não adianta. A cada conversa com amigos, a cada pensamento positivo (ou negativo), a cada lembrança, ela aumenta.

[Some, Angústia. Sai de mim. Vaza. Te manda, cai fora.]

Não adianta nada disso, ela tá em mim. Aqui. Constante. Latejante.

Ela é a minha vontade de ter um amor duradouro, é a vontade de sair daqui, de ir embora pra onde o vento levar. É a vontade de sair por aí cantando de amor... chorando porque viu um filme bobo na Tv, ou morrendo de rir com meus amigos.

É a vontade de acordar pela manhã e não ter que ir trabalhar só porque não quero. É a vontade de ver tudo dando certo.

[Some, Angústia. Sai de mim. Vaza. Te manda, cai fora.]

Porque as coisas cismam em dar errado?
Porque tudo dá errado?
Porque eu nunca descobri a resposta pra essa pergunta idiota?
Porque eu sou tão idiota que continuo me fazendo a mesma pergunta?

[Some, Angústia. Sai de mim. Vaza. Te manda, cai fora.]
[Some, Angústia. Sai de mim. Vaza. Te manda, cai fora.]
[Some, Angústia. Sai de mim. Vaza. Te manda, cai fora.]

A Angústia não passa. Eu continuo repetindo o mesmo mantra.

E ninguém ouve meus gritos.

Maria

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Desabafo!!!!

Nunca mais acredito em "eu te amo" de homem nenhum.
Ponto final.

[melhorou, né Maria?!]

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

O tempo não apaga o que foi dito.

Eu estava marocando a vida alheia no orkut (quem nunca fez isso.... nem comece a dizer "Que coisa feia!"), e achei um depoimento que começava assim:

Será que o tempo apaga o que foi dito e o que não foi?

Fiquei pensando naquela pergunta por horas, e cheguei à conclusão que não. Nem o tempo pode apagar o que foi dito, ou o que foi feito, e até mesmo o que não foi dito. Muitas vezes, não apaga nem a lembrança daquilo.
Ultimamente me disseram muitas coisas. Muita gente fala muito, e às vezes, quem fala pouco, quer dizer mais. Meu coordenador ontem mesmo me disse: "se vc fala Muito bem! para alguém muitas vezes, daqui a um tempo ele não vai acreditar mais. Fica como o Eu te amo que você ouve tanto, que chega uma hora que fica banal demais."

Quisera eu passar uma borracha em todas as besteiras que eu disse. Ou até mesmo nas coisas sérias, que eu precisei falar, e que não queria que tivesse dito.
Existem umas coisas que a gente não quer ouvir, mas precisa, pra ver se internaliza e se acostuma com a idéia do que não foi dito. Todos os dias eu acordo, e olho uma foto que está no meu mural, e penso que aquelas coisas que foram ditas então, nunca mais me serão repetidas. Aquele olho nunca mais vai me olhar e dizer 'minha vida mudou desde que te conheci'.
Porque será que a gente deposita a nossa esperança nas pessoas? Somos tolos o bastante pra ver que isso é errado, mas não fazemos por puro masoquismo?
O tempo jamais vai apagar as lembranças das coisas que nos disseram.
Aquela música que ouvimos com nossos amigos e nos lembra um aniversário de alguém, ou o dia que você recebeu o seu primeiro presente significativo e sua mãe te disse aquelas palavras boas de apoio, ou no dia que você teve aquela briga com seu namorado ele te disse uma coisa que você não queria, mas precisava ouvir...
Não... o tempo não vai apagar da lembrança aquele dia que vocês saíram e você o ouviu cantar, desafinado, aquela música brega... nem o dia em que ele disse que te amava pela primeira vez, e muito menos as coisas que ele disse quando vocês tiveram aquela briga por nada...
O tempo não vai apagar as palavras doces da sua mãe quando você viajou pra longe... e nem as coisas que os amigos disseram naquele vídeo caseiro, mas feito com amor e dedicação...

Analisar o tempo é uma coisa engraçada. A gente perde hoooras analisando o tempo. Engraçado né? A gente perde tempo analisando o tempo! E todos os dias, pedimos: "passa, tempo, passa..."
e nos repetimos: só o tempo vai dizer. Dizer o quê? Quem manda no seu tempo é você.
É mais fácil a gente culpar o tempo pelos nossos atos falhos, do que assumir nossa culpa em dizer que a gente deixou passar porque perdemos tempo, preferimos continuar ouvindo internamente aquelas palavras que nos disseram.

Já diziamos eu e um amigo (que o tempo talvez tenha me tirado):

...tempo, tempo, tempo, mano velho...

E que o tempo nos ajude a dizer tudo o que queremos. Ou não.

Maria.