terça-feira, 1 de novembro de 2011

Enough.

Não sou perfeita e nunca quis ser. Nunca tive a intenção de ser engraçada, também.
Pelo visto, estou longe da perfeição, mas continuo sendo super engraçada. A amiga que todo mundo queria ter. Mas guess what? Nunca tive a intenção de ser sua amiga, either. Não quero muitos amigos: quero poucos e bons. Fiéis. Que não duvidem de mim e da minha integridade. E não mudaria nenhum dos que já tenho. Eles me entendem quando preciso que entendam.

Não quero mais a confusão. Quero distância de pensamentos errados, dos meus próprios pensamentos errados. Não quero mais a verdade mentirosa de que tudo vai ficar bem, no final. Não, não vai.
É tudo uma questão de opção: as coisas vão ficar bem, praqueles que merecem. Você, não. A felicidade e o amor não dependem dos outros. Só dependem de você. E você não faz por onde. Portanto, get a life.

Não quero mais toda essa intensidade. Quero pouco, e o suficiente para chegar em casa e não achar que carreguei o mundo nas costas hoje. Só queria uma dia em que o mundo não estivesse em minhas costas. Queria poder dormir, um dia. E acordar a hora que quisesse, sem precisar saber quantos compromissos perdi ou tive de desmarcar.

Quero a irresponsabilidade de uma vida sem responsabilidades. Quero amor pra vida inteira. Quero paz e tranquilidade. Quero um passaporte carimbado. E a minha cama de casal com a foto de Paris na parede do fundo. Quero o sapato da vitrine que combina com aquela roupa da festa do outro dia. E poder comprá-lo sem me sentir culpada pela fome na África. Aliás, quero ir à África. E quero um sofá branco. "mas sofá branco não mancha?" Dane-se, o sofá é meu. Quero sentar nele de pés sujos e alma lavada.

Quero tudo hoje. Quero me livrar dos meus medos, preconceitos, do meu cansaço.
Quero dormir e acordar. Mas acordar com vontade de colocar a malha e ir correr na praia, só porque faz bem à saúde. Ou porque eu tenho tempo pra isso e adoro sentir a brisa do mar no rosto enquanto escuto jazz. Não, eu sei que jazz não é a música perfeita pra correr, mas vai dizer que você não gosta do Sinatra? Por ele, it had to be you e não tinha jeito de ser diferente.
Quero um dia sem peso. E nele, quero poder fazer as coisas que me vem à cabeça. Quero sentar no banco da praça e dormir com o vento tocando no rosto. Um cobertor, um aconchego. Um abraço no fim do dia. E apague a luz quando sair.
Quero tudo.
Principalmente, me livrar de mim.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

?

And what if I never find what am I looking for?

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Eu e Deus

Cheguei, Deus.
Cheguei onde eu queria chegar: num estágio em que, cada vez mais, eu tenho certeza de que não sou nada sem Ti.
Naquele estágio em que nossa relação é única, em que confio, em que sei que posso conversar qualquer assunto contigo sem ter vergonha, sem precisar me esconder, ou usar máscaras.
Eu sei que Tu estás comigo. Simplesmente SEI. Porque, além de saber, eu Te sinto, e sei que estou no lugar que eu preciso estar: perto de Ti. E sei que sou humana e posso errar, Deus, mas não quero mais errar. Quero estar e andar de acordo com a Tua vontade, com a Tua santidade, com a Tua sabedoria.
Quero ser sábia em Ti.
Quero ser fiel a Ti.
Quero esperar em Ti.
Eu finalmente cheguei, Deus, àquele ponto em que eu queria: de saber que tudo o que eu fizer pra te agradecer pela minha vida, não vai ser nunca suficiente.
Quero que minha relação contigo, Senhor, seja única. Pessoal. Intransferível. Sem formas.
Quero estar sempre de joelhos pra te louvar, pra orar, mesmo quando as lágrimas tomam o lugar das palavras. E mesmo quando o desespero vem, que eu tenha sempre a certeza em Ti de que a alegria vem no dia seguinte. Ou até mesmo quando nem as palavras aparecem. Eu não sei falar crentês, Deus, e às vezes me culpo por isso. Mas também sei que Tu não te importas, desde que o meu coração esteja disposto.
E está.
Eu cheguei, Deus. E quero viver na Tua presença.

Amém.

domingo, 15 de maio de 2011

Lost Dreams

And what if one day your life changed? What if everything you have always asked for came true?
Dunno. I wouldn't know what to do with it. I wouldn't know what to do with so much happiness, and so much perfection. With less jealousy, and  more trips and a yellow Beetle. And marble floor. Or maybe I would even know what to do with the guy in white pants, opening the curtains to let the sunlight in.
Maybe I wouldn't like a beach wedding, with an orchid bouquet and flowers on my hair.Maybe I would hate Milla singing (although this one I serously doubt it). and I'm SURE I would hate the seafood I would serve!
And you kow?
I thought I would have it all with you.
Maybe I expect too much from people. I always expected them to be just like me. I don't mean that I'm, the best. I mean that I want all that friendship can offer. I want all that love can offer. I want all that life can offer.
I want all that intensity can offer, with no limits. I wanted to sleep, sometimes, too. Without taking medicines to do so. I wanted to feel that I don't complain, and don't expect anyone to understand my feelings. Yes, I expect people to understand why I say the same stuff all the time because for me, there are different feelings all the time I say the same stuff. So, for me, it's like new.
I'm tired.
Ok, then.
I expected you to see that I liked you and that you were the love I've always wanted to live, again and again (I've said that and now it has a different feeling).
But...

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Someone Like you

O luz dava um tom diferente à taça de vinho, na mesa dela.
A garrafa, já pela metade, já ouviu metade dos problemas da vida.
A menina, que hoje não tem os olhos brilhantes e nem a alegria de viver, sente vontade de sumir.
Ela estava lá, esperando por uma resposta que não tinha. Por um momento que não chegava. Por uma vida que, talvez, não fosse existir.
E escrevia. O papel, não mais em branco, tinha mudado. Já estava cheio de rabiscos incompreensíveis.
Sem lógica, sem rumo. Palavras ao vento, ao som de uma canção um tanto conhecida...
Ela não sofria, porém. Estava conformada...estava calejada.
Continuava sentindo a fome da saudade que Clarice havia previsto... aquela que só mata quando come a presença. Quando consome, quando vive, quando sente. Quando abraça.
Era diferente, pra ela. Era melhor. Ou era normal, já que tinha tantas vezes a mesma situação?
Ja não sabia dizer.
Ela tinha uma única resposta, e a escreveu no papel:
"Voce é o amor que eu sempre quis viver."
----

;*

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Oser dans la vie

E, no fim do dia, ela estava cansada.
Cansada de esperar, de sentir, de partilhar, de viver.
Cansada de escrever, também.
Era um déjà vu.
Ela via tudo igual. As mesmas perguntas, as mesmas desculpas, as mesmas respostas.
Tudo igual.
E ela, que pensava que tudo seria novidade, não era, ainda.
Eram as mesmas coisas. E ela, que pensava que dessa vez ia dar certo, vivia a dúvida da última resposta.
Uma resposta que eu já conhecia e já estava cansada de ouvir... mas que eu tinha a esperança de ser diferente.
E ela sabia que, o problema de ouvir a mesma resposta, era ter a mesma dúvida. A mesma vontade de gritar, a mesma vontade de perguntar um grande "porquê eu, meu Deus".
E ela... ela já estava cansada de ouvir as mesmas respostas. Queria respostas diferentes, dessa vez. Mas o problema é que não havia.... ela sabia disso. Não havia.
Então, ela sabia a solução: esperar... ter paciência....um dia as coisas mudariam.
A questão é: quando é esse dia?
Mas, ela... estava cansada. Cansada da vida ter os mesmos problemas.
Logo ela, que estava lá, disposta a mudar os móveis de lugar.
Ela, que estava lá a fazer dieta, a comprar um carro novo, a trocar fraldas, a ver um filme de terror, a fazer pipoca com a tampa da panela aberta. Que estava disposta a visitar a psicóloga, a tomar suas vitaminas regularmente, a fazer as unhas e a comprar roupas diferentes. A deletar seus arquivos antigos.
Ela. Aberta ao novo mais uma vez, sendo ele atraente ou não.
Ela queria abrir sua vida, de novo. Queria falar menos, queria viver mais. Queria escrever um livro. Ter um filho. Plantar uma árvore. Viajar pra China.
Não importava, ela queria ousar.
Queria provar outro gosto, queria viver mais aventuras.
Tinha sede da vida e das respostas para as suas perguntas.
Queria problemas novos, perguntas diferentes, respostas desconhecidas.

Ela só queria ser feliz.


beijomeliga ;*

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Passion and Patience, again.

"I wish I had the voice to melt your heart. And in my finger tips the melody to make you smile. I wish I had in my eyes some kind of strength fountain, so you’d look at them and be encouraged every time. I wish you’d find life in my breath, and faith in my arms. I do. I’ve always wanted to be the one for you".

And you know?  Maybe I am the one for you. But I wish you'd noticed that.
I wish you had noticed the way I look at you. I wish I had in my eyes the energy you look for. To continue, to fight. A place where you go and get strength from.
I wish I had the voice you expect me to have. A voice that gives you support, kindness, hapiness. The first voice you want to listen to when you wake up. Or the last when you go to bed.
I do.
I wish that we could see things. Go to places, talk to people, eat the best food, drink the finest wine.
Everywhere. The world would never be enough for us. And I also wish we could do that together, hands together, side by side.
I've always wanted to be the one for you.
I wished one day that, when you hold me, you could feel my love. Now I just wish you feel you can be safe. You can feel held, you can feel comfortable. You can feel me.
I wish you could feel my heart racing when you come around. I wish I could get all the love I have and make it the peace you want to see in the world. The love you want people to have, the word of comfort you give everybody. And it's rewarding seeing your smile when that happens. Your smile have always changed all my plans. Always. I wish we could dance...and let the music lead our ways that moment so it could last forever.
And faith. I wish I could give you faith. I wish I could make you trust that it will all change. That all is safe if you have faith, if you believe, if you trust, if you fight, if you give yourself....
You know?
I've always wanted to be the one for you.

---

tchaubeijomeliga ;*


PS: Passion and Patience é um texto do blog A Menina dos olhos brilhantes que eu, com a minha maior delicadeza, completei pra dona. Né? =)

quinta-feira, 17 de março de 2011

No Consultório

No consultório:

- É grave, doutor?
- É minha filha. Seu problema é amor.

terça-feira, 15 de março de 2011

do avesso

Deus.
Bíblia.
Conceição e Roberto.
Cássio e Alzenira.
João Guilherme, Daniel Filho, Alice.
J and Sarah Thompson, e Carlos e Sandra Flores, e Ingrid Defazy. Não, não... os Oakley não.
Amigos, todos os muitos deles.
Passaporte.
Vistos.
Paris.
New York.
Toronto.
Escrever.
Ensinar.
Câmera.
Fotos.
Muitas fotos.
Cores.
Lua cheia.
Mar.
Barcos.
Avião.
Borboletas.
Camarão.
Salada.
Chocolate.
Morango.
Chocolate com Morango.
Vinho.
Champagne.
Livros.
Poesia.
Livros de Poesia.
O Vinícius e o Drummond.
Música alta.
Música no carro.
Amigos e Música juntos.
Playlist #atiracovarde.
Jazz.
Estrelas.
Lilás.
Vestidos.
Saltos.
Maquiagem.
Internet.
Celular.
Celular com internet.
Abraço.
Cheiro.
Gosto.
Amor.
Amizade.
Sinceridade.
Felicidade sempre.
Sorriso.
Surpresa.
Casamento na praia.
A voz da Milla cantando.
Afilhados.
Crianças.
Olhos.
Papo de menininha.
Novidades.


Muito, muito legal.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Seroplex

E ele estava lá, encarando-a.
Branquinho, pequeno, bonito.
Aquela era a saída para todos os seus problemas, para começar um ano bem, um ano feliz.
Depois de todo os sorrisos, de todos os objetivos alcançados, de tanta coisa...
Depois de cortes, de cicatrizes, de sofrimento, dor e angústia e depois de felicidades, de tamanhos menores, de mais leveza na alma e no corpo.
Elau estava triste sem motivo?
Não sei explicar. Não é assim que funciona o sem motivo?
O novo não atrai. Aliás, o novo tem seus problemas, também. E eles te deixam com mais problemas na cabeça. O novo, na verdade, é bom, mas conserta uma coisa que quebra outra.
Não parava de me olhar... ele dizia: "vem, vem.... eu te faço feliz".
Ela hesitou. Estava confusa. Queria um motivo pra não ter que fazê-lo, mas não encontrava nenhum.
Ela era feliz, antes. E agora, era feliz? Ela não sabia responder.
Ela sabia que, sim, tinha chegado muito longe em seus objetivos, mas não sabia se era feliz. Ela acreditava piamente que não existia felicidade plena, mas sabia que os momentos de felicidade que ela teve depois tinham compensado todo o sofrimento.
Mas, e agora? Eles compensavam?
Ninguém a pressionava,a não ser ela.
Ninguém a cobrava, a não ser a cabeça dela.
Ninguém a mandava voltar ou seguir, a não ser o corpo dela.
Ela se olhava no espelho e citava Cecília. Quem lhe havia roubado a face? Em qual espelho ela se perdeu?
Ela não sabia responder, ainda. Só sabia que, lá no fundo, ela sabia que ela hoje, era resultado das suas próprias decisões. As olheiras profundas eram a prova disso.
Ela o considerou. Ele continuava lá, olhando-a.
10 mg.
Ela engoliu, com a esperança de uma solução pros seus problemas.

Tchaubeijoenaomeliga ;*



PS: texto pensado a partir de uma cena de filme. resolvi escrever essa observação pra vcs pararem de achar que vou me matar! hahahaha!