terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Au revoir, 2010!

E mais um ano se acaba.
Dessa vez, a gente ainda aproveita pra mudar de década, também. E chega a hora de fazer a nossa famosa lista de compromissos pra 2011.
Mas, ao invés de encher a minha lista de coisas que talvez eu nunca faça, resolvi agradecer por este ano.

2010 mudou minha vida.
Vai ser o ano em que morri e vivi de novo.
Vai ser o ano em que eu me livrei de 40kg, e me livrarei de muitos mais em 2011.
2010 vai ser o ano em que vi os corredores de uma UTI por 5 dias da minha vida, e não pretendo vê-los de novo nunca mais.
Vai ser o ano em que eu realmente vi quem são meus amigos, e aprendi que muita gente que você conheceu ontem te considera mais do que alguns que te conhecem a vida inteira, ao mesmo tempo que meu amor pelos amigos de anos atrás aumentou de forma considerável.
Vai ser o ano em que eu fiz fisioterapia, eu tomei remédio, eu chorei de dor. Vai ser o ano em que me olhei no espelho e detestei minhas cicatrizes.
Vai ser o ano em que fiz terapia, em que redescobri Deus, em que equilibrei meus pensamentos.
Certamente 2010 será pra sempre o ano do "antes" e "depois".
Vai ser o ano em que amei mais minhas crianças, que batizei meus afilhados (ou não). Que os filhos dos meus melhores amigos nasceram e eu os amei como se fossem meus.
Vai ser o ano em que tive que aprender a ter paciência, a ser tolerante, a ser compreensiva.
Vai ser o ano que mais uma vez arrumei as malas e parti rumo ao desconhecido, e vai com certeza ser o ano em que voltei pra casa. O ano em que deixei mnha família no Brasil, mas que achei outra família na França, tão feliz e estruturada como a minha.
Vai ser o ano pra ficar na memória, como aquele em que a minha família aumentou com a chegada de mais um componente.
Vai ser o ano em que eu comecei a usar o twitter e com ele fiz muitos amigos, e vai ser o ano que me orgulhei de ser jornalista quando vi um artigo publicado no jornal.
Em 2010, me orgulhei de dizer pros gringos que sou brasileira e não desisto nunca!
Em 2010 eu vi Paris de novo, eu pisei na neve de novo, eu conheci mais pessoas ainda. E coloquei mais um carimbo no meu passaporte!
Nesse ano, eu aprendi a dar mais valor às pessoas. Aprendi a dar valor a uma lata de sardinha com farinha e guarná jesus da mesma forma que a um fois gras com moët chandon.
Aprendi a ter tolerância com culturas diferentes, aprendi a valorizar um beijo, um abraço, um cheiro, uma música, um sabor, uma lembrança.
Aprendi, inclusive, que lembraças, essas sim, estarão sempre a salvo. E que nada que alguém faça vai apagá-las da minha vida. Nem mesmo as ruins, viu?
E em 2010, aprendi também que seus amigos vão ser seus amigos independente de onde você esteja, e a falta que eles fazem não vai ser compensada em novas amizades. por outro lado, as novas amizades vão dar uma nova cor à sua vida, também. E que encontrar os velhos amigos, por uma tarde que seja, é simplesmente mágico!
E foi o ano em que ouvi o Jamie Cullum cantar ao vivo! uma experiência linda!
2010 vai ser um ano em que eu vi meus amigos se dando bem. Vi minha família se dando bem. Também os vi se dando mal, mas com certeza com muito aprendizado envolvido.
E vai ser um ano em que eu dei mais aulas do que nunca!
E eu posso dizer que em 2010 eu me despedi de casa olhando nos olhos verdes de um grande amor... e dei entrada pra outros amores chegarem, me dando toda a tranquilidade que eu precisava pra viver em paz com o mundo.

Em 2010, vi a minha vida mudar completamente. 2010 is a year to remember.

tchaubeijomeliga ;*

sábado, 23 de outubro de 2010

Pai e Mãe, ouro de mina

Quando você mora fora, você começa a valorizar tudo o que você tem em casa e nunca achou que gostava. Coo aquele travesseiro velho, por exemplo. Mas hoje, você vê que ele tem a posição exata da sua cabeça desde que você tem 3 anos de idade.
Quando você mora fora, você percebe que seus pais e seus irmãos e sua família e seus amigos são as pessoas mais importantes da sua vida, e talvez você nunca tenha dito isso a eles.
A saudade de casa é a pior coisa que existe. Deixa o seu coração apertado, a sua garganta seca e a cabeça doente.

O brasileiro é um povo feliz. Liguei pra minha casa um dia e lá estava tendo uma feijoada pelo simples fato de que meus pais reformaram um banheiro e estavam "inaugurando". Feijoada, zoada, amigos reunidos. Sinto falta disso. Aqui na França, essa é uma vida que não existe. E nem é porque eles são frios, não. Eles simplesmente são diferentes, e se a minha opção foi vir morar aqui, que eu aprenda a aceitar estes fatos.
Sempre fui do pensamento de que, se você aprende a conviver com as diferenças, você vive melhor. Em todos os ambientes da vida, eu digo. Se você aprende que aquele cara do trabalho que não gosta de apelidos é simplesmente diferente de você, que chama todo mundo de um nome diferente, e a partir daí você o chama só de João, você tem o respeito dele e aprendeu a viver melhor, com mais um amigo. Assim tnho vivido meus dias aqui: aprendendo a respeitar as diferenças, a ausência da minha rotina de sempre e a presença de uma rotina beeeem diferente do que eu já estava acostumada.

Por outro lado, sinto do fundo do meu coração que aqui é o meu lugar. Que é aqui que quero morar, constituir família, trazer meus não-sei-quantos sobrinhos pra passar o natal com a Tia Rafa. Me sinto em casa, apesar de sentir falta da minha própria casa. De verdade. E sei que estes sentimentos de saudade são presentes SEMPRE, eu já os senti várias vezes, de uma forma até doída às vezes. Mas me fascina a forma que eu posso ajudar a inserir minha cultura na cultura francesa, o fato de que posso escrever de longe pra um jornal e mostrar pras pessoas como é a minha vida fora, o fato de que posso aprender outras línguas e ter a honra de ter um amigo em cada canto do mundo. A vida de quem mora fora é assim: globalizada. Estar na Europa é estar a um pulo de um país diferente e você começa a colecionar bibelôs. Um de cada lugar diferente.

E além de bibelôs, você coleciona amigos e histórias pra contar. E a cada vez que as conta, você revive na lembrança a felicidade daquele momento, o gosto de aventura, a magia daquele lugar maravilhoso que você teve a oportunidade dada por Deus de visitar e de passar bons momentos ali.

Pra mim, viajar é isso: viver e reviver a magia de cada lugar do mundo que Deus criou.

e tchaubeijoemeliga que eu tô atrasada ;*

domingo, 12 de setembro de 2010

Recomeçando

Ele empacotou tudo em duas malas grandes e não acreditava que a sua vida se resumia àquelas duas malas. Era difícil acreditar que ia embora, que ia mudar de cidade, de clima, de família, de amor, de amigos. Era complicado pensar que não ia mais vê-los, mas ele tinha certeza naquele momento que seu lugar não era ali. Precisava mudar. Alguma coisa dentro dele pedia pra ver mais coisas, viver mais um pouco, conhecer mais gente, falar mais uma língua. Sua alma não se aquietava, não conseguia. E logo, ele sabia que realmente, dessa vez, ele não voltaria nunca mais. Não sabia explicar, mas sabia que agra sua ida era definitiva.


Tinha tudo pronto na cabeça. Não sabia como faria para colocar em prática no dia-a-dia tudo o que pretendia, mas sim, tinha tudo planejado. Sua mania de perfeição não ia deixá-lo falhar, ele sabia que, no fundo, era um defeito chato, pois nem sempre tudo é perfeito, mas pode ser aproveitado. Tinha alguns dias pra fazer na cidade tudo o que ele achava que ia demorar um bom tempo pra fazer de novo. Queria se despedir dos amigos e das namoradinhas.

Era um homem de muitos amigos, portanto, iria demorar. A cada dia, se despedida de um bocado. Festas e mais festas, vida social agitada, bebida e comida. Muitas vezes, ao som do Bublé, ou não, né? Nesse intervalo, queria fortemente estar na companhia dos sobrinhos e da família. Tinha três sobrinhos, ele. Tinha um amor enorme pelos dois, como se fossem filhos de verdade. Não eram de verdade, mas com certeza eram no coração. Ganhou presentes dos amigos mais próximos e também deu presentes. Ia sentir tanta falta de tudo.... eles nem imaginariam o quanto. Nunca poderiam imaginar o papel deles na vida daquele homem, tão calejado pelos problemas da vida normal, mas forte o suficiente para saber amar cada um com suas particularidades.

Tirou um dia inteiro para se despedir só das namoradinhas. Um dia inteirinho! Ele não tinha todas essas namoradinhas, mas queria passar um tempo com cada uma delas. Ai, primeiro, ele resolveu almoçar com uma delas. Comeram, conversaram e se despediram normalmente. Um grande abraço e até mais.

A outra ele resolveu ir visitar em casa. Queria vê-la mais tempo, ele gostava muito dela. Já havia gostado bem mais no passado, mas ele ainda gostava de vê-la sorrir. Ela era alta e bonita, com cabelos escuros e usava aparelho nos dentes. Sentaram na calçada e passaram horas a fio conversando, aquele clima de tensão no ar, de beijo na boca. Ele queria muito beijá-la. Queria, mas não tinha coragem. E seguiram conversando, seus olhos fixos nela, na sua boca, na sua pele. Era realmente coisa de pele, ele gostava do cheiro da menina. Gostava do jeito que ela o via, achava que ela o olhava com um quê de “tira a roupa” e isso lhe causava frisson. Ele a achava bonita e sexy, mesmo com seu jeito desengonçado. Falaram, falaram, falaram e então ele resolveu ir. Deram um abraço apertado, bem apertado, tão apertado que ele tinha certeza que ela podia sentir o coração dele acelerado encostado nela. Ela o beijou no pescoço; ele queria beijá-la, queria muito mesmo, mas se conteve, pois tinha certeza que a fidelidade dela era importante, e ele não queria corrompê-la com seus caprichos. Por um momento, ele virou a cabeça, a fitou nos olhos e quase a beija. Quase! Mas resistiu, infelizmente. No caminho pra casa, pensou seriamente em voltar e dizer a ela para aproveitarem só mais uma noite, só mais um pouco, um único beijinho... mas seguiu rumo à solidão do seu quarto escuro.

O dia amanhecera diferente no outro dia. Era difícil dizer tchau, afinal. Faltava ainda uma menina a ser visitada, mas a vida foi mais engraçada. E ai, de repente, aquele amor estava lá, sentado na cama dele. Ela, que tinha sido o maior e mais recompensador de todos os amores, estava lá, na frente dele, esperando para lhe dar um abraço. Fez coisas inusitadas: estacionou, tocou a campainha e sentou na cama dele, meio à bagunça do quarto e aos amigos que o visitavam. Ele não conseguia tirar os olhos dela, ela era simplesmente linda! Conversavam sobre tudo, evitando qualquer outro tipo de assunto que não era a viagem. Ela olhava as fotos das cervejadas no mural dele e perguntava por amigos antigos, que ela lembrava, da época em que estavam juntos. Quando deu sua hora, ela levantou para ir-se. Ele a acompanhou até a porta e se abraçaram. Sua vontade era dizer a ela muitas coisas, era beijá-la e abraçá-la forte para que ela o convencesse de ficar, mas ele a abraçou algumas vezes. Ele sentia que ela também estava triste e queria dar-lhe um beijo, mas ele sabia que se a beijasse, ele ficaria mais triste ainda. Ele queria sim, dizer-lhe que ela havia sido o seu mais forte e verdadeiro amor e que agora ele continuava amando-a, mas agora era diferente. O amor era diferente, o carinho era enorme, a vontade de beijá-la era tremenda, mas ele sabia que de nada adiantaria. Ele queria muito ser seu amigo para toda vida e sabia que um beijo não cabia no momento. Nem um beijo de despedida. Ela casaria com outro mais adiante e ele se contentou em sentir que ela estava triste por vê-lo partir.

Subiu no avião com os olhos mareados lembrando de seus momentos. Ele, então, se despediu dos livros, dos discos, de alguns sapatos, de uma penca de amigos, da família, dos sobrinhos e levou no coração o amor de tudo e de todos, sabendo que agora recomeçaria em outro lugar na presença de novos amigos e na saudade dos que ficaram do outro lado do trópico e, quiçá, um novo amor, tão grande, intenso e recompensador como o que teve por aquela menina dos olhinhos verdes.

Tchaubeijomeliga! ;*


PS: Este é um conto. Qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência =P

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Por Acaso, Pela Tarde

Ela era educada, de boa índole, estudara em boas escolas. Era bonita, até. Andava sempre com gente mais bonita do que ela, mas ainda assim chamava a atenção dos homens de lá. Era charmosa, tinha carisma e falava bem.

Ele era simples. Terminou a faculdade por obrigação - "pra ver se conseguia passar num concurso", ele dizia. Não se interessou em estudar mais, dizia que o trabalho era o que dignificava o homem. Não se interessava por roupas de marcas, não gostava de ler, comia rápido e não entendia de carros, o que pra ela era um ponto extremamente positivo. Andava com a barba sempre por fazer e era muito cheiroso.

Ela falava três línguas estrangeiras e já quis ser diplomata, um dia. Hoje, se contentava em advogar. Era criminalista. Tinha uma paixão retraída por vinho suave, mas se dizia entender de vinhos brancos e secos. "Melhor tomar com peixe ao forno, sempre uma boa pedida", gabava-se.

Ele só bebia cerveja. Gostava mesmo era de comer tripinha frita no bar do Seu Geraldo. Aquela bem gordurosa e misturada com farinha. A página policial era o seu prinicipal atrativo em um jornal. Ele valorizava boas amizades e tinha mais amigos na praça do que dinheiro no banco. Mas vivia bem. Não esbanjava, mas vivia bem. Tinha o que precisava e ainda sobrava pras festas do final de semana.

Ele e Ela não se conheciam, mas tinham coisas em comum. Ela e Ele gostavam e fotografia, de barcos à vela, de frango à milanesa. Pensavam em passar um carnaval em Salvador, um reveillon em New York, uma Semana Santa na Turquia. A lua de mel nas Ilhas Maldivas. Queriam casar - de véu, grinalda, gravata borboleta e fraque. Não se atrasavam, pagavam as contas em dias, iam ao cinema de vez em quando.

Ipanema, colorida pelo sol, ficou pequena praquele dia. O vento ajudou soprando o chapéu dela pra perto dele. Ele, com sua gentileza de berço, percebeu.

"Oi! Esse chapéu é seu?"

E foi assim, por acaso, pela tarde, que o mundo parou pro resto da vida.

tchaubeijomeliga ;*


PS1: Atualizando.... eu sei....escrevo quando eu quiser, ok? =p
PS2: Não, não vou conseguir me despedir de todo mundo, mas sintam-se beijados e amados por mim.
PS3: "Por Acaso, Pela tarde" é o nome de uma música de Celso Fonseca, e inspirou este post, escrito ao som dela...

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Noites Frias não me fazem bem.

Eu não sou uma pessoa muito dada ao sofrimento sem motivo, não.
Não gosto de sofrer, aliás, por motivo nenhum. A vida me ensinou que sofrimento é, sim, opcional, e que a gente pode evitar quando quiser realmente que ele suma.

Contraditoriamente, hoje é um dia que estou sofrendo sem motivo aparente. Aliás, o motivo "estar sozinha" não é um sofrimento aparente. Eu nunca sofri com isso permanentemente. Em alguns dias, isso me abate, mas não é o dia dos namorados. Aliás, nunca passei um dia dos namorados acompanhada, portanto, não me faz a menor diferença, pra mim é um dia como qualquer outro, e cada ano sinto menos essa data. Acho que dias frios me abatem mais. Um dia como hoje me faz lembrar todos os casos, namoros, ficas e relacionamentos que já tive. E o pior é que me faz sentir falta deles. Até dos canalhas....

E aí, lembro. Revivo, re-sinto, sinto falta. Rio, e por dentro choro de saudade de alguns bons momentos.
Lembro de tardes de escola em que mentia que ia fazer trabalho e ia pra casa do namorado. Relembro noites de reggae, noites de festas na boate em que eu não queria, mas morria de ciúme quando outras ficavam. Relembro carnavais no interior, e noite de intermináveis promessas de amor...os pagodes, o ciúme das meninas que iam nos pagodes, as músicas compostas e cantadas pra mim. Relembro as bebidas com os amigos, os marafolias que traziam com ele sempre um amor de carnaval...Sinto as mesmas possibilidades erradas de romance que senti naquela época, a tentativa de encontros semanais, a fuga para outros países pra esquecer. Lembro como fui enganada por tanto tempo por sentimentos reais de um amor que não existia, e sinto ódio quando lembro. E depois do ódio, sinto de novo o amor das conversas de uma amizade q cresceu, que me fez enlouquecer e perder o juízo algumas vezes, mas que foi o meu amor mais compensador, apesar do final que teve. E que eu teria coragem de repetir tudo quantas vezes ele aparecesse, pra conversar, pra me amar, pra falar de carro, do que ele quisesse...nem que fosse só pra se despedir e dizer que não ia dar, nunca mais. E tenho certeza de que, se muitas coisas tivessem acontecido diferentes, talvez ainda estívessemos juntos, ou  não, né? e que o valor da amizade hoje em dia é bem maior...e depois, passo a lembrar de noites de eterna farra e de muita raiva pra mim, mas noites em que existia carinho, pelo menos, enquanto vícios não corroeram o tempo que eu estava disposta a me entregar novamente a outra pessoa.... Lembro noites de conversas divertidas que se renderam ao calor do momento, e aí, depois, relembro de outros momentos que a loucura era muito boa, mas nem sempre é a melhor coisa e que momentos bons podem ser divididos sempre, em todas as circunstâncias....

E, quando esses noites veem, eu me abraço com meu travesseiro e tento encontrar meus erros. E não que eu não os tenha cometido, aliás, cometi vários em cada um dos meus relacionamentos. Mas também, já deixei de tentar entender que tipo de valores os homens procuram, que tipo de mulher, que tipo de amiga. Hoje, procuro viver a minha vida, tentar pagar minhas contas, conservar minhas amizades e meus valores. E, enquanto a vida acontece, essas noites me assombram... e me trazem de volta o medo controlado de envelhecer sozinha.

É tempo de silêncio e solidão.

tchaubeijomeliga ;*

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Ano Novo, Vida Nova

Nunca este clichê foi tão verdadeiro pra mim.
No dia 3 de abril, após váaaaaaaaaarias outras tentativas falhas de emagrecer, me submeti a uma gastroplastia. Para os leigos, é a mesma cirurgia bariátrica, ou redução de estômago.
Foi um grande passo e uma grande decisão pra mim. Nunca fui magra, mas nunca tinha sido obesa como estava agora. E por coincidência, estou vendo Malhação neste momento e estão falando de padrões de beleza. (calma gente, tô em casa ainda me recuperando da cirurgia).
Enfim, essa cirurgia tem me feito aprender demais.
Aprender a ter paciência com todo mundo e comigo mesma, a me tolerar, a tolerar os outros.
Especialmente, a tolerar a lmitação dos outros e as minhas próprias.
Essa cirurgia tem me deixado grata por ter arroz todos os dias na minha mesa, apesar de eu não poder comer ainda. Tem me deixado muito mais grata a Deus pelas enormes bençãos que Ele me dá todos os dias, nas pequeninas coisas. E me faz ver que Ele sempre me deu bençãos e eu era cega demais pra perceber.
Tenho aprendido a abrir os olhos e saber quem são meus verdadeiros amigos, quem realmente me ama e tem consideração, e quem diz que é meu amigo mas nao se digna a me dar uma ligação. Não posso obrigar ninguém a me visitar, mas sei q uma ligação é a maior demosntração de preocupação que algumas pessoas podem mostrar.
Enfim, mais do que tudo, tenho aprendido a conviver comigo, com meus pais, com meus irmãos, com meus cortes no corpo, com meus pensamentos, com meus devaneios, com minha psicóloga, com minha comida limitada.
É um treino árduo de convivência e de paciência.

E Olha... descobri que sou chata...e que as pessoas realmente me aturam porque me amam.

Tchaubeijomeliga ;*

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O amor é filme?

O amor é um risco.
Um risco que muita gente se atreve a correr. E, sabe, muitas vezes dá certo. Algumas outras vezes dá errado, é verdade. Mas oq ue seria de nós se não aprendêssemos com o amor?
Hoje, depois de ir à igreja (sim, sim, Aline, eu sei, eu fui à igreja!)... e conversar horas a fio com minhas amigas, eu percebi o quanto é bom ser amada. Eu já soube o que era isso um dia, mas acho que tinha esquecido.
O amor realmente é filme.
O amor deixa as meninas mais sorridentes e felizes e saltitantes por ter dado um beijo, por ter se aventurado rumo ao desconhecido.
O amor é um filme, pq deixa sempre os mocinhos mais belos do que parecem ser. E as histórias de amor precisam de mocinhos, e precisam de drama e suspense, senão, não seriam emocionantes. Não seriam de grande valia e de grande aprendizado. Não teriam o gosto da menta do primeiro beijo, e da pipoca do cinema agarradinhos. Não teriam o gosto do morango do sorvete do final de tarde, e do vinho tinto do jantarzinho à luz de velas.
Acho que, todo verdadeiro amor tem seus riscos. O grande lance é saber correr esses riscos com muita calma e paciência. Parece clichê, mase for pra ser, vai ser. Não tem família contra, não tem distância, não tem nada que separe...E, como nos filmes, sempre tem gente contra e gente a favor... e o que acontece sempre é alguem que resolveu mudar a situação e enfiar a cara pra ver no que dava....E não porque a pessoa tem que ser rebelde não... é porque, por mais que tudo pareça contra, o amor vence todas as barreiras e sempre tem um final feliz....como nos filmes.

E sem contar que, a paixão deixa a gente mais bonita e vendo o mundo bem mais azul. =)


 http://www.youtube.com/watch?v=Rc4U8bDCVvo&feature=related


O amor é filme, e Deus é o telespectador.

Tchaubeijomeliga ;*