domingo, 28 de outubro de 2007

Aaaaaaaaaaaaaaaahhhhh!

É, isso foi um grito.
A angústia não passa.

[Some, Angústia. Sai de mim. Vaza. Te manda, cai fora.]

Tô com vontade de gritar mais alto pra fazer a angústia passar. Dar um grito daqueles que te fazem ficar rouca no dia seguinte. Que te deixam sem ar, sem noção, tonta...mas que te fazem ficar menos presa.
A angústia não me deixou hoje. Tá aqui, presa em mim como um cárcere. Quero fazer passar, mas não adianta. A cada conversa com amigos, a cada pensamento positivo (ou negativo), a cada lembrança, ela aumenta.

[Some, Angústia. Sai de mim. Vaza. Te manda, cai fora.]

Não adianta nada disso, ela tá em mim. Aqui. Constante. Latejante.

Ela é a minha vontade de ter um amor duradouro, é a vontade de sair daqui, de ir embora pra onde o vento levar. É a vontade de sair por aí cantando de amor... chorando porque viu um filme bobo na Tv, ou morrendo de rir com meus amigos.

É a vontade de acordar pela manhã e não ter que ir trabalhar só porque não quero. É a vontade de ver tudo dando certo.

[Some, Angústia. Sai de mim. Vaza. Te manda, cai fora.]

Porque as coisas cismam em dar errado?
Porque tudo dá errado?
Porque eu nunca descobri a resposta pra essa pergunta idiota?
Porque eu sou tão idiota que continuo me fazendo a mesma pergunta?

[Some, Angústia. Sai de mim. Vaza. Te manda, cai fora.]
[Some, Angústia. Sai de mim. Vaza. Te manda, cai fora.]
[Some, Angústia. Sai de mim. Vaza. Te manda, cai fora.]

A Angústia não passa. Eu continuo repetindo o mesmo mantra.

E ninguém ouve meus gritos.

Maria

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