sexta-feira, 29 de abril de 2011

Someone Like you

O luz dava um tom diferente à taça de vinho, na mesa dela.
A garrafa, já pela metade, já ouviu metade dos problemas da vida.
A menina, que hoje não tem os olhos brilhantes e nem a alegria de viver, sente vontade de sumir.
Ela estava lá, esperando por uma resposta que não tinha. Por um momento que não chegava. Por uma vida que, talvez, não fosse existir.
E escrevia. O papel, não mais em branco, tinha mudado. Já estava cheio de rabiscos incompreensíveis.
Sem lógica, sem rumo. Palavras ao vento, ao som de uma canção um tanto conhecida...
Ela não sofria, porém. Estava conformada...estava calejada.
Continuava sentindo a fome da saudade que Clarice havia previsto... aquela que só mata quando come a presença. Quando consome, quando vive, quando sente. Quando abraça.
Era diferente, pra ela. Era melhor. Ou era normal, já que tinha tantas vezes a mesma situação?
Ja não sabia dizer.
Ela tinha uma única resposta, e a escreveu no papel:
"Voce é o amor que eu sempre quis viver."
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